31.10.05
29.10.05
marginalastro. a ironia é condição fundamental da margem, porque é toda a plataforma e
28.10.05
27.10.05
can i play with madness. somos, cada um por si e na respectiva proporção, para a loucura, não para a grei ou para a morte. 3.
26.10.05
ditescrito, ix
digo que o
lugar exacto é o mar revolto
sob esta navegação mortal
e dita. s. d’o.
25.10.05
mão ao ar! em alphaville, realizado por jean-luc godard, há uma cena em que acontece uma mulher em posição de
24.10.05
22.10.05
o código murnau, revisitado. quando ela e ele, as diferenças, se encontram, a aurora, em noite, já começou a despertar. 3.
21.10.05
20.10.05
fallequinócio. o destino, if i should fall from grace with god, é cair como a filha de ícaro caiu. 3.
19.10.05
18.10.05
o código murnau. ela e ele, sunrise: a song of two humans, as diferenças, em aconchego, em mosaico, e, depois, como antes, der letzte mann, o regresso ao hotel, o lugar da decadência, o regresso ao riso, o derradeiro. 3.
17.10.05
15.10.05
gestos, ii. o acto não é para a verdade. 3.
14.10.05
13.10.05
gestos, i. o ensaio não é para o erro. 3.
12.10.05
11.10.05
o mundo dentro. em tuvalu, realizado por veit helmer, as personagens são o próprio mundo, não a matéria que lhe empresta mundanidade. 3.
10.10.05
madrigal
um gesto. o segundo passo
é para a sentença, movimento
que se rasga no tempo e fixa
abstractamente na mão. lugar remoto,
o coração, esse, parece dentro. mas
é em ti. s. d’o.
8.10.05
nocturama. há na noite uma matriz dos lugares que não se vislumbra sob outra luz. 3.
7.10.05
sonocturno
uma sonata de vozes, sem
melodia, sem compasso. o
silêncio é a corda. o
silêncio é o martelo. s. d’o.
6.10.05
os outros. os outros são o avesso da simplicidade, a cumplicidade. 3.
5.10.05
idílio no carvalhal
uma coroa de sol, não o modo
imperial.
um pastor, sentado na cerca.
o cão, pequeno, dorme, deitado
diante do seu dono. do outro lado,
várias cabras pastam.
o tilintar do chocalho das cabras
enlaça-se com o marulhar. daquele
lugar não se vê o mar, mas sabe-se
que ele está para além daquela
duna. cheira-se.
só na volta se torna evidente
que o pastor tem outro cão,
grande, com pêlo mais escuro. agora,
as cabras, as que se vêem, são mais.
o mar, abafado, já sem voz, fica
para trás. o seu murmúrio parece
adormecer, cair. mas é apenas a
distância a ele que aumenta.
o regresso é amanhã. s. d’o.
4.10.05
qual é a tua identidade? é a ser que cada um aprende quem é. 3.
3.10.05
manhã de eclipse
há um prodígio no sol, um relâmpago
eterno de novidade, sentido, no
seu plano revelado, quando nele se
atravessa a noite. s. d’o.
1.10.05
manifesto. a conquista, enquanto processo, é um corpo em expansão, em combate. 3.
2004/2024 - serôdio d’o. & 3ás (escritos e subscritos por © sérgio faria).