alegas a alma. conheço-te para saber que, quando e quanto
tu podes, me engano, muitas vezes e muito, às vezes mais.
não é apenas o lugar como acontecemos que é estranho,
sou eu, repetido assim não só na confirmação mas também
na dúvida, antes, no domicílio onde não havia a pessoa
pela qual somos enunciados. falta-nos o nome, o que nos permite
a essência. não somos como na canção why can’t i be you?
que dançámos tantas vezes. parte da culpa é nossa, só nossa,
parte é minha, toda minha, mea culpa, mea maxima culpa,
sem a mão colocada sobre o peito, a acusar-me. gozo-a
como propriedade, à queima-roupa, no interior da dívida
que posso. welcome to the machine, o assalto é sem ironia.
alegas a alma. conheço-te para saber que, quando e quanto
tu podes, me engano, muitas vezes e muito, às vezes sempre. s. d’o.