paisagem, iii
traz-se a manhã. mudaram-lhe o nome, já não é nosso.
corpo aproado ao promontório, depois sobre ele, no ritmo
macilento ou preguiçoso do marulhar. dali a contemplação,
o friso fragoso do qual se levantam os cortes ásperos
dos leixões, como se emergisse uma polpa de rocha
irregular e porosa, que parece não ferir os golpes de água
como anavalham a carne que se encontre com ela.
a manhã continua a acontecer demorada, como as manhãs
acontecem. as ravinas caídas do bordo dos penedos
permitem sentir a sequência que vai do cerúleo ao glauco. s. d’o.