realpolitik
o tempo tem dorso, tem digestão. não é fácil
prendê-lo. há-lhe devoção, há quem o engula
sem mastigar e não consiga dizer qual a espessura
que tem. o tempo é um país grotesco, sempre
e depois. ontem não era diferente, a diplomacia
falhou.
não sabemos bem que mês é este. abril não é,
novembro não é. outubro sei eu que não é. mês,
pois. devemos-lhe o país, mas país talvez não
seja a palavra exacta. cada país é o homem
que deixa a mulher em casa, um amor estranho. s. d’o.