25.2.11
a circular sanguínea, as tábuas que guardam
o desgaste do acto. a decepção que, acto perpétuo,
sucede ao enigma desvendado.
.......contas à vida, fazer. o êmbolo que te empurra,
.......vestígio.
não houve segredo, não havia segredo, o enigma
foi apenas uma aparência. a ferida permanece
suja. s. d’o.
23.2.11
uma romã sobre a mesa
uma romã sobre a mesa. elas falavam sobre a morte,
as mãos sem dobra, não federadas, na conversa
admitiram a extinção da memória e do desespero,
a falência do lance, a história condenada a ser
tragédia e a repetir-se desse modo. uma acomodou
o xaile sobre os ombros, limpou as mãos no avental.
calaram-se. a telenovela ia começar. s. d’o.
21.2.11
das coisas às quais é dada a eternidade,
corpo morto e aproveitado, diz o senhor
o que é e o que não é e sobre isso continua
a nada saber-se. s. d’o.
2004/2024 - serôdio d’o. & 3ás (escritos e subscritos por © sérgio faria).