da morte tenho a habituação, o cerúleo que o verão convoca,
os lugares que despovoo com a língua. não espero que a minha
cabeça possa conter a expectativa de tudo isto, o interior
e as formas. o crescimento das coisas que acompanho e posso
é demorado. às vezes lembro-me das manhãs de aço londrinas,
o fio forte da luz que cortava o corpo consentido, que o cortava
inteiro para o desabitar. e depois?, e se depois?
depois as pessoas e os amores irrespiráveis, o mal despojado
na cerveja, a acusação que volta, que volta aqui. começo a duvidar
da necessidade de duvidar. segunda jornada, ainda só a segunda
jornada. vou ouvir o que o mister jorge jesus tem a dizer
sobre o assunto, apetece-me rir. s. d’o.