a fome
é diferente. dizes aquela piada gasta, edgar alain prost,
e nada mais. no ecrã um grand prix de fórmula um, lá
fora um corvo a grasnar, a aproximar-se da janela, não sabemos
se irá entrar. a sala não é o quarto. esquecemos o tempo
de cortar a mágoa, de fundir o arame farpado e a liberdade
no mesmo gesto, alcance longo, lançada a palavra sobre ele.
a mão estendida para o pão, o pão levado ao azeite.
ao domingo, à hora de almoço somos simples. s. d’o.