<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d6768210\x26blogName\x3dalmanaque+de+ironias+menores\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://almanaque-de-ironias-menores.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://almanaque-de-ironias-menores.blogspot.com/\x26vt\x3d8858308340356233877', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
almanaque de ironias menores

caderno de exercícios avulsos e breves, por serôdio d’o. & 3ás 

21.6.10


passámos em frente ao old vic e estava a chover

terça-feira, parecíamos a família que não somos por sermos,
ninguém diria que éramos estranhos à passagem, ao lugar
que nos levantava os passos. depois de beber uma black sheep
ale
, sinto, posso morrer. aconteceu na waterstone’s
de piccadilly. porque chovia, os elementos são mesmo assim,
no regresso o caminho estava molhado.

o topo do mundo, chegam apelos daí, não caminho para destinos
que desconheço. deixo os sapatos à porta e entro. tornei
a esquecer-me de pedir licença. mesmo se a casa é minha,
haveria de sentir a urgência de rogar o privilégio de entrar.
a quem?, a alguém, pouco importa quem.

e vêm as gerações novas - o que é uma geração? -, vêm
as gerações novas com vontade de mudar o mundo, vencer
a realidade. debalde. a vontade que comungam é fraca,
pelo menos não é mais forte do que a crença de que é possível
interromper a fatalidade.

eu sei lá, a morte, o subprime. julgo que podemos morrer
só de olhar, morrer, sim, morrer, mas não agora. devemos
manter as coisas simples, usar cotonetes em mp3 ou m4a.

nessa direcção, que caminho? não é para aí que quero ir. fomos
para o british film institute, em southbank, o nosso abrigo.
deitámo-nos para ver um filme sobre trovoadas, putos a jogar
à bola, a bola em chamas, numa das balizas havia uma tela
improvisada, haveria de arder a tela, um lençol. a realizadora
era filipina ou indonésia. não vamos ficar para ver bronco bullfrog,
agora em cópia digital restaurada, no dia em que esse filme entrar
no circuito de salas de cinema já não vamos estar cá.

o tempo muda, mudam os tempos, persistem as vontades, agora
desactualizadas. depois de outubro, toda a minha vida é depois
desse mês. passámos em frente ao old vic e estava a chover. s. d’o.


2004/2024 - serôdio d’o. & 3ás (escritos e subscritos por © sérgio faria).