<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar/6768210?origin\x3dhttp://almanaque-de-ironias-menores.blogspot.com', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
almanaque de ironias menores

caderno de exercícios avulsos e breves, por serôdio d’o. & 3ás 

19.2.10


o espírito

sofri uma infância com demasiado deus. toda a força da apresentação que faziam dele era estranha. a dificuldade que tive em reconhecê-lo tornou-se uma modalidade de auto-recriminação, uma culpa sobre as outras culpas que decorriam já daquela culpa. porém, com o tempo, para mim nada disto fez diferença. assumi a culpa de ser e de crer assim, reiterei-a. ri. não ter conhecido deus foi o acidente melhor da minha vida. sendo culpado sem culpa, ainda sinto a culpa a desvanecer-se, porque não há inocentes. através da demora aprendi a perder, percebi a estranheza que me compreende. sinto que a culpa que tenho não é em vão, é maior do que eu. a solidão acrescenta-me, cresço devagar. e, embora nunca tenha preferido a perfeição, a geometria leva-me a lugares diferentes. s. d’o.


2004/2024 - serôdio d’o. & 3ás (escritos e subscritos por © sérgio faria).