o passado é agora
zumbe o tempo, a perseguição. sou uma câmara animal
e o espólio de falência que me acompanha. e agora?
talvez devesse chamar poder à incapacidade de actualidade
que sofro, porém não quero. basta-me demorar, sentir
o arrasto pelo qual sou. se em mim é cada vez mais ontem,
se sou sem dialéctica para adiantamento, sou simplesmente
assim, não sou por já ter sido ou por ter-me rendido. s. d’o.