o cavalo não tem a culpa
tu dizes derrotar a realidade, dizes com entusiasmo,
mas eu moro numa ilha, não sei o que é a realidade,
combato todos os dias em vão, sem poder vencer,
sem poder conquistar-te, posso apenas permanecer e,
às vezes, isso é já excitação suficiente, admitir que é
possível ser diferente, que posso sair, embora,
sinceramente, eu more numa ilha e numa ilha morre-se
assim, sem remorso, sem remissão, morremos e ficamos
sem palavra. também para quê é que haveríamos de ficar
com palavra? s. d’o.