de nada, en rêvant amours monstres
ser até à exustão, até à medida da palavra, do final dela.
a armadilha, a luz de setembro, a revelação, a decadência.
as sombras transfiguradas em tom outonal, a vindima, os corpos
na vindima, o suor, o sangue, o vinho. vultos maduros, ofícios
inteiros, a força do trabalho, até ceder. o amparo do chão,
o cálice dos sobreviventes. porquê?, a que névoa foram robustos?
o silêncio filosófico. ser até à exaustão, ser até à extinção,
à declaração morena da desistência.
o fruto colhido nos cestos, carregados nos ombros até ao lagar.
o movimento continua. aqui em baixo as coisas ainda estão turvas.
dos que caem das torres, vêem-se as linhas do céu, o exílio
dos mortos. nada disto é saudade. s. d’o.