meto a mão, meto a mão. esqueço o itinerário. a máquina é maior
do que eu julgava. por instantes evito avançar. hesito e avalio
as oportunidades. vai começar a brincadeira. deus está a mentir-nos.
não é segredo, é um bónus. pago para ver.
talvez seja momento de acordarmos. noto a ausência do sal nas mãos.
ontem não era diferente, nem mais nem menos pulp fiction.
agora não retiro a mão. um hábito conciso meu?, as horas extra.
desperdiço as vésperas e a voz. sais de prata à prova de água.
perdi-me à décima sétima, não à sétima.
insisto nas palavras que não escutas, cordilheira e praça.
sei que estás a agarrar um martelo, a síndrome e o húmus.
já não vejo a máquina.
o tráfego, o semblante. junta as tuas coisas, estamos de passagem.
paramos no caminho para comer qualquer coisa. olha, as cruzes
estão a ficar para trás. até à portagem perderemos muitas mais.
já não são abrigo, já não são depósito. s. d’o.