que do tempo tinha a eternidade, o pão escrito para todas as demoras.
com os pés descalços, para os manifestar nus, subiu a calçada
do combro, para descer a rua do poço dos negros, arrastando consigo
ainda mais tempo. o território crescia, acompanhando-lhe os passos.
nunca havia passado naquela calçada, tão pouco a havia prometido pisar.
tarde, exangue,
seguia-a uma esperança que, por aquele caminho, comia-lhe a vida
e as esperas. que esta província tem os seus senhores e os seus jogos
combinados. cuidou de, com um gesto de começo, separar ali a geografia
das consoantes e, preparando-se para a falência da tarde, continuou
a subir a calçada do combro, prometendo ainda sombras atrás de si
e a rua do poço dos negros. s. d’o.