depois
um momento. chega o alcance, ninguém mais. este mundo nasce
da assimetria, da zona de contacto que une e cinge as mãos
à bancada e ao ofício. sobre ele, página a página, folha a folha,
a morte regressa mais calada ao nome. o nome enche-se do que aponta.
depois, ainda nome, um poema, um pomar, superfície e estria
onde o dorso da coisa acende. as mãos, os dedos, a fender os frutos
cheios. o sangue solene do lado da água, o declive do osso, canal menor
e aberto. os flancos da terra, a respiração em medida certa, a cratera
assimétrica no peito, o peito que aperta, que encerra a respiração,
antes da última palavra. sou eu, não finjo mais. estou sozinho.
agora preciso de um nome para morrer, para continuar. s. d’o.