ida e volta. no regresso é muito o que
16.1.07
15.1.07
ofício das horas menores, vii
assomas à face como o princípio de um círculo.
duas, três, quatro voltas e continuas a regressar
à origem voltada para ti. sofres-te em torno. s. d’o.
13.1.07
coordenadas, vi. imagine-se alguém, qualquer alguém. sexto problema, entre esse alguém e o mundo existe um espaço a que se possa chamar distância? 3.
12.1.07
ofício das horas menores, vi
quando a repetição das vozes, é ainda a dor
de que os teus lábios são a premonição,
a passagem, uma forma para o rasgo. s. d’o.
11.1.07
coordenadas, v. imagine-se alguém, qualquer alguém. quinto problema, a posição de alguém sobre o mundo define-se mais exactamente como aporia? ou como referência de paralaxe? 3.
10.1.07
ofício das horas menores, v
a minha mão sobre o papel, sobre a cidade.
há aí uma substituição, a mesma respiração,
acto que te é um modo de reparo. s. d’o.
9.1.07
coordenadas, iv. imagine-se alguém, qualquer alguém. quarto problema, a posição de alguém em relação ao mundo é sobre o mundo? 3.
8.1.07
ofício das horas menores, iv
dos teus cuidados o tempo, o assombro,
as mil vistas, a película sobre a culpa.
à tua narrativa chamo oração sem propulsão. s. d’o.
6.1.07
coordenadas, iii. imagine-se alguém, qualquer alguém. terceiro problema, há alguma posição de alguém em relação ao mundo que defina mais do que um ângulo agudo? 3.
5.1.07
ofício das horas menores, iii
de mundos visto o corpo modesto,
trincheira e trincheiras além.
ao condomínio a volta ou ninguém. s. d’o.
4.1.07
coordenadas, ii. imagine-se alguém, qualquer alguém. segundo problema, onde é que existe mais mundo?, diante ou atrás desse alguém? 3.
3.1.07
ofício das horas menores, ii
ao corpo costumo o nocturno, não o sono,
porque sob o crepúsculo há oportunidade
para tanta sombra e a liberdade. s. d’o.
2.1.07
coordenadas, i. imagine-se alguém, qualquer alguém. primeiro problema, onde é que existe mais mundo?, dentro ou fora desse alguém? 3.
1.1.07
ofício das horas menores, i
tanta a saudade, não a falta, que me és,
tu, só tu. e ai que da perda corro avançado
e da esperança não sei a morada. s. d’o.
2004/2024 - serôdio d’o. & 3ás (escritos e subscritos por © sérgio faria).