<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d6768210\x26blogName\x3dalmanaque+de+ironias+menores\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://almanaque-de-ironias-menores.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://almanaque-de-ironias-menores.blogspot.com/\x26vt\x3d8858308340356233877', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
almanaque de ironias menores

caderno de exercícios avulsos e breves, por serôdio d’o. & 3ás 

6.9.06


aparição flush

i.
quase nada e sou. sem céu me digo,
sem escolta, nascido assim, uno e
descalço, digo-me como quase nada se diz.
sem céu, também sem chão, sou cúmplice
e satélite de mim, quase nada. reforço,
quase nada.

aconteceu-me a primeira morte e a segunda morte,
a terceira anuncia-se. fico e digo, como digo,
o ímpeto da charrua de nenhuma quimera,
apenas da terra, terra chã e quieta, aparentemente morta.
solto as mãos à alfaia, para a conduzir. nenhum sulco
é meu ou vosso.

clamo todos os caminhos, todos os regressos. o sangue também.
já não recordo os campos como quando os repetia todos os dias,
ciclo após ciclo, presente. agora (e)s(t)ou diferente,
mas ainda o mesmo.

testemunho-me e, por quem, quase nada é o testemunho.
avulso e íntimo, comum, sem majestade, comungo
as circunstâncias. dizem que é o tempo, o nosso tempo,
e o efeito das constelações e do seu ritmo zodiacal. a vida.
não sei. aprendi que, neste território de actos e factos e erros,
a identidade é uma malha que nos envolve e devolve,
condição traduzida em tempo nosso, meu. mas não sei.

recupero, enquanto somos, sou. sustento-me como lapso eterno
e próximo. exactamente assim, a mesma culpa. quase nada
e sou. é isso, o meu caso e o que o alcança, o que lavro aqui.
e lavro-o pelo formão, até ser verbo. s. d’o.


2004/2024 - serôdio d’o. & 3ás (escritos e subscritos por © sérgio faria).