interpelação divina
por que é que julgas que eu sou impossível?,
pergunto-te. espero que me respondas.
por que espero?, não sei. sinceramente, não sei.
sei que não me responderás, tu apenas perguntas.
mas sei também que há uma ressonância
nas tuas palavras que me convida a ser quem sou,
que me convida a ser mais dentro do espelho,
nem face a ele nem para além dele.
por isso continuo a interrogação,
por que é que julgas que eu, eu que posso tudo,
eu que sou a origem, eu que sou o tempo,
por que é que julgas que eu sou impossível? s. d’o.