é sob este signo que morres
quando manhã, sangue insone, as vozes
ainda te acusam. é o processo natural
das consequências, da vida,
do contágio.
a porta do quarto está fechada.
nada guarda.
o despertador marca o seu próprio
desaparecimento. talvez seja tarde,
já tarde, mas há ainda matéria para
a extinção, para o acidente.
condenas-te com um beijo, o último.
não há censura, por muito que insistas
em abrir e fechar os olhos.
este instante é este lugar, sem
luz, plataforma constelada,
continente bastante.
mas este instante é também
o enredo canibal, o corpo
peninsular quebrado.
uma fraga face ao teu peito, uma
adaga contra as tuas costas.
é sob este signo que morres. s. d’o.