out of control
quando dizemos o segredo cinzelado
na carne?, quando?, se dizemos
constante, repetimos, a mão frouxa
que nos encosta à margem e revolve
no interior do dominío.
na carne?, quand..., se dizemos
o jogo das saídas, se dizemos
a única morada, se dizemos
o regresso.
vamos!, vamos! mas, quando vamos,
vamos marcados, como tatuados, pela
sequência que bateu o full house.
vamos ainda envolvidos pela muralha
que nos guardou a nascença. vamos
por ser insuportável o chão que
pisamos, o chão que pisamos sempre.
onde estamos?, onde sempre estamos.
é eterna a fuga que nos leva e
abandona aqui, corpo nosso, sede
do controlo que não podemos
ser. vamos.
mas não vamos. também não ficamos.
porque é simples, apenas escrita,
a loucura que nos faz plural.
porque não existimos e, assim,
desdobrado, duplo, me digo.
sou, comigo, a falência. não
a rendição. s. d’o.