multiplicação da culpa
não há âncora suficiente que nos
empreste porto. já não somos a
caligrafia justa sobre este lastro.
somos apenas o retorno, o regresso
ao pó, à simplicidade onde foi forjada
a equação, a origem.
a equação, a origem. sabemos ser aí
o domicílio da culpa.
por isso, pai, não acordes. há muito
que abdicámos da oração, do amor,
e somos apenas um, corpo fundido
e projectado na própria loucura. s. d’o.