cor de amor quando foge
trocamos perguntas, não respostas.
falecem-me os braços, tenaz em que
o teu corpo, quiseste, tantas vezes
foi fechado.
a ausência desenha-me o teu rosto,
faz-me a necessidade dele. sinto as
mãos nuas, sem forma, dobradas
sobre as linhas que não são o
teu corpo. revejo-te despida, com
os lábios que beijei, dada em
sequência à alma, a consumires-te
no meu engano, na fuga.
foi aqui que te amei. é ainda aqui
que te amo. sento-me na margem
deste lugar. vou esperar. talvez
morrer.
amo-te. a noite é estar contigo. s. d’o.