se houvesse um pessegueiro na ilha. sob o capítulo dos medos havia uma janela bucólica, marcada com uma insígnia branca. sob ela existiam duas palavras, espiral e norte. naquele lugar, se acontecesse haver, a sombra não era adorno da paisagem, era apenas uma sombra. ali as pessoas chegavam lentamente. depois sentavam-se num círculo e esperavam a noite. durante essa espera o seu corpo era levado e envelheciam. havia nesse envelhecimento uma invisibilidade que jamais foi verificada em qualquer outro processo semelhante. as pessoas envelheciam tanto que começavam a falar línguas mortas, do tempo da inauguração do mundo. a caligrafia, essa, era mais difícil. por isso, no ofício da escrita ninguém se aventurava. as pessoas, sentadas num círculo, limitavam-se a murmurar repetidamente a mesma oração. e a envelhecer, até ultrapassarem o respectivo nascimento. nesse momento, o círculo crescia e, ultrapassando todo o espaço, deixava de ser uma forma perceptível. nesse momento, a janela bucólica fechava-se. começava a noite. começava outro e o mesmo mundo. s. d’o.