sob capricórnio
perguntas, o que subsiste?, depois do fim. não
há resposta.
há resposta. o tempo parece não transcorrer. os
olhos capitulam. abre-se uma vaga entre os
braços. as mãos entregam-se numa vertigem
estranha, por desconhecerem a nova fronteira,
a ausência que tocam.
a ausência que tocam. começa uma noite. e
repete-se. a fuga.
repete-se. a fuga. num lapso, parte-se a
crisálida nocturna. e aquela pergunta, o que
subsiste?, depois do fim, transforma-se,
não se apaga.
não se apaga. onde estou?
não se apaga. onde estou? aqui.
não se apaga. onde estou? aqui. súbito,
afinam-se os sentidos, captam-se os elementos
com outra nitidez. regressa o fulgor, o clamor,
o cerco, o princípio.
o cerco, o princípio. e aquele chão torna-se o
lugar da continuação. a fuga.
lugar da continuação. a fuga. quem és?, tu. s. d’o.