hipótese
poderia ser desta fome a primeira
esperança, a inocência lavrada nos
chãos do corpo. e, sempre posto
assim, poderia o horizonte da história
ser o nome do tempo, lugar onde
persiste a suspeita sobre o ritmo
exacto do futuro, futuro que não
existe, mas é condição
prometida.
poderia também a mão convocar
nenhuma miséria para melhor compassar
a dor e tocá-la quando não se faz
ela sensação. e, como num jogo de compromisso,
poderia a mesma mão não oferecer domicílio ao
resgate que faz a vida ser uma
nostalgia prisioneira de todos os
destinos dos quais nenhuma âncora
foge. s. d’o.