prováveis
talvez a flor mais breve
seja a erradicada nudez de
ti. nela a minha sede. nela a
minha vontade.
talvez a manhã mais próxima
seja quando regressaste a
quem não és. e ficaste escondida
em ti. e roubada de ti também.
talvez a rua onde todos os murmúrios nascem
seja não mais o pêndulo da tua paixão em
corpo ou imaginação. e em ti sou a cair
para, depois, me levantar ao teu lado.
e talvez, sim, talvez o tempo seja a companhia
dos meus actos e não o espectro que os sombreia,
o osso onde me dói a ausência e faço esperar
o futuro que o zodíaco não diz. s. d’o.