por quem estas mãos morrem
o que te impele a ser o remoto
corpo?, se quantos convites
negas para ser próxima de mim
e em mim. não!, não fales do
amor, não fales da aliança entre
o conforto e a hipótese do que
não prometeste, porque cessa
o grito que te transborda. sim, sei
que é na vontade que te revelas.
mas não mais serás quem foste, nessa
distância em que te guardas. serás
ainda tu. e na tua humanidade
permanecerão as impressões
digitais. porém já desvanece a
memória que te traça da inocência,
como se fosses um corpo oficinal. por
isso, o que fazes é cumprires-te longe,
distante, fazendo as minhas mãos
inefáveis de ti e mortas. s. d’o.