os passos e as coisas de todos os dias. há momentos em que se alcança um limiar, não um limite, para além do qual as coisas são inomináveis e, portanto, indizíveis. alcançado esse limiar são várias as hipóteses. voltar para trás, para a província onde as coisas se dizem. parar nesse limiar, como um peregrino eterno da mesma fronteira, que é nenhum lugar. avançar, em silêncio, para iludir a indicibilidade das coisas. avançar, aos gritos, para dizer que se é maior do que as coisas e se dispensa dizê-las. avançar, começar a apontar o dedo às coisas e atribuir-lhes um rótulo ou um preço, como fazem os batedores do que já não é insondável. ou desenhar o mapa de todos os nomes disponíveis e legendar casualmente as coisas. 3.