intimidade
todo o nocturno, o céu cheio de ruídos,
o homem a tentar esquecer quem é. a
geografia íntima é mais do que ele
pode dominar. por vezes perde-se no
tempo. mas nunca se encontra
ou reencontra no espaço. o chão em
que se suporta é outra coisa. umas vezes é
uma ilusão de fundo, outras vezes é uma
ilusão de princípio. e, quando assim, não
é já a geografia que o compreende, mas a
geometria dispersa, sem formas, sem
contactos, sem ilusões. como se fosse
um lastro perdido. s. d’o.