variação sobre um tema de hopper (nightawks, 1942)
nocturama. a noite tem uma fúria incontida em si. os sons que dela emanam troam num silêncio longo, em vibratto, até que o fulgor se prolonga inexacto, para além de si, como tranquilidade. quando a madrugada avança, contra, é já o zodíaco a obrigar o mundo à sua ordem dita, sem surpresa. e acontece o que tem que acontecer, o que tem a força que faz acontecer. o sol, nas suas voltas, jamais tropeça. há-de aparecer. e é isto o que, depois da breve solidão nocturna, se diz ser o destino. ou a manhã. 3.