sons de uma noite de verão
o mar carrega os seus murmúrios para
a margem, revolve-se. há a ele uma distância
preenchida de noite, de ruelas, de dúvidas
que são os passos para ele.
em casa, o lugar da circunstância, quatro
jogam às cartas. elas, pelo que revelam,
já sem muita convicção. mas vão a jogo,
jogo após jogo, o que não lhes disfarça
ou dissolve o sono.
no cerco, a música caiu em silêncio. já não
se ouvem as canções do irish pub. há acusações
de renúncia. há quem lerpe, muitas vezes eles, um
deles. o jogo não acaba. o jogo ainda não acabou.
como se fosse uma imitação da vida. s. d'o.