quando o pódio não é o altar. há uma qualquer glória, celebrada, quando se ultrapassa o limite. era esse originalmente o sentido do espírito olímpico. porém, hoje o que se persegue não é o limite. é, sim, o êxito. o desafio, em paradigma, não é ir para além do alcance. é, antes, na circunstância, alcançar mais do que os outros. ou seja, o que desafia não é o limite, o horizonte, citius, altius, fortius. o que desafia são os outros, a concorrência, qualquer que seja o limiar da diferença. é por isso que hodiernamente a glória que acontece se desvanece brevemente. e é por isso que o olimpo permanece encerrado a novas admissões. não porque os deuses, todos, tenham morrido. mas porque o humano, demasiado humano, se extinguiu em si e se preserva apenas enquanto eternal sunshine of the spotless mind. 3.