na orla oceânica
este lugar é talvez uma ilusão. o azul
que reflecte é demasiado aceso, mas sem
a fluorescência prenha que o faria
não existir aqui, à margem.
é um lugar balancé, agitado, de contornos
incertos, que se joga, que toca e foge, entre
o limite e o exílio de si mesmo. as mãos
não o seguram, apenas o cortam, sem ferida,
quando o tocam. s. d’o.